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Resoluções de Telas: O que eu tenho que saber? 

Quando resolvemos escrever esse primeiro artigo, pensamos em seguir a ideia de uma série de guias para você utilizar, antes de comprar os seus produtos e equipamentos.

Vivemos hoje, muito dentro de casa (eu adoro), e nossa vida tecnológica cresce constantemente, e atualiza rapidamente! Tanto que o celular, o tablet, a televisão, o monitor… Que você compro hoje, já está “velho”, desatualizado. Como assim?

Enquanto eu escrevo esse artigo, hoje estão se tornando comum as cobiçadas televisões de 8k Ultra HD, mas já está sendo produzidas televisores de 10k! A Sony já produziu uma televisão de 16k, e a AMD já anunciou uma placa de video de 16k e 240mhz!!

Mas o que isso tudo quer dizer? Nesse primeiro artigo vou (tentar) te passar a importância de entender sobre Resolução de Tela, antes de pensar comprar qualquer computador, laptop (notebook), placa de vídeo, smartphone (celular), Smart TV (televisão), tablet ou qualquer outro equipamento que tenha uma tela!

Resolução, que bicho é esse?

Antes de começar você precisa saber o que é resolução de tela, vamos primeiro tirar da frente uma confusão muito comum: tamanho de tela é diferente de resolução de tela!

Tamanho de tela é às dimensões físicas da tela e a resolução da tela é à quantidade de informação que é possível exibir dentro desses limites físicos.

Quanto maior o Tamanho de Tela melhor!

(Imagem de televisão mostrando medida)

Não! Essa é uma afirmação que não se aplica a todos. O tamanho da tela vai depender de diversos fatores: O equipamento, a pessoa que usa, o ambiente que ela vai estar, para que vai ser usar, etc.

Entenda que colocar uma projetor de 100 polegadas num quarto de 3 x 4 metros, não vai tornar ele em um cinema. Mas esse é um assunto para um outro artigo! Prometo!

Definido pelo mercado, o padrão do tamanho da tela é medido em polegadas (inch, em inglês). Cada polegada, equivale a 2,54 centímetros ou 25,4 milímetros, é representada pelo caractere de aspas: 32″ (32 polegadas) ou 50″ (50 polegadas), por exemplo.

Se o seu smartphone de 5 polegadas ou sua TV tem 42 polegadas, essa medida faz referência ao tamanho da tela do dispositivo. Uma smartv que tem 50″ (cinquenta polegadas), tem 127 centímetros de tamanho na diagonal.

“- Tamanho na Diagonal?” – Sim! A medida da tela é a distância (em polegadas) do canto esquerdo ao canto direito! Como as telas podem ter larguras e alturas diferentes, e ficaria mais complicado de entender, a medida única na diagonal dá uma ideia melhor do tamanho do equipamento.

(Imagem de smartphone mostrando medida)

E a Resolução de tela?

Resolução é medida de uma a imagem exibida na tela. E essa medida é dividida em minúsculos pontos chamados pixels. O pixel é o menor tamanho que uma imagem pode ter.

Os pixels são organizados em linhas (horizontal) e colunas (vertical). A resolução, portanto, é a medição de quantos pixels há em cada linha e em cada coluna da tela.

Então, uma resolução de 1920 x 1080 pixels indica que a tela é capaz de exibir 1920 pixels por linha e 1080 por coluna. Por via de regra, o primeiro número faz referência à largura (horizontal); o segundo, à altura da tela (vertical).

(Imagem com medidas em pixel)

Essa medida também usada para imagens e vídeos. Por exemplo, uma figura de 450 x 250 pixels ou um filme de 640 x 420 pixels. Você vai entender mais pra frente.

Mas, por que não existe uma medida fixa para definir os pixels?

Porque o tamanho dos pixels não é igual em todos os dispositivos. Você pode ter dois monitores de 21 polegadas, um suporta resolução de até 1600 x 900 pixels; pode ter uma resolução máxima de 1366 x 768 pixels.

Por isso se você for exibir uma resolução maior que a suportada, no dispositivo, não funcionará corretamente e estranho para os seus olhos.

Cada pixel é baseado nas três cores básicas do sistema RGB: vermelho, verde e azul. Cada uma dessas cores possui 256 tons diferentes, possibilitando a formação de até 16 milhões de combinações. Logo, quanto mais pixels houver, mais detalhada e rica será a imagem, pois mais informações a tela poderá exibir.

“- Mas porque como é que um monitor tem uma resolução menor que um smartphone, que tem uma tela menor!” – Explico!

Com a evolução da tecnologia, as telas dos equipamentos atuais passaram a suportar resoluções cada vez maiores, mesmo tendo dimensões reduzidas. É como se o pixel tivesse ficado tão pequeno a ponto de ser (quase) impossível distingui-lo com os olhos.

Essa evolução faz com que a definição de “O que é um pixel?”, como sendo a menor informação exibida em uma tela perder um pouco de sentido, especialmente em dispositivos móveis.

Portanto, convencionou-se considerar a usar a densidade de pixels. Isso é feito por meio da medida PPI, sigla para Pixel Per Inch ou, Pixels Por Polegada.

Quanto maior o PPI, melhor a qualidade da tela: se há mais pontos, mas as dimensões físicas não mudam, pode-se então incluir mais detalhes ali.

Essa dimensão pode não fazer muita sentido em telas grandes, como as das TVs, mas tem bastante relevância em laptops, tablets e smartphones, uma vez que utilizamos esses dispositivos de maneira muita mais próxima aos olhos.

É importante não confundir PPI com DPI (Dots Per Inch ou Pontos Por Polegada), medida usada para quantificar a qualidade de uma impressão (física).

Proporção da tela ou Aspect Ratio

Algumas telas têm formato mais “quadrado”, o que não são de verdade. E outras telas são mais “retangulares”. Essa característica está relacionada às telas, é a proporção, que determina quão largas estas são. Fator que pode influenciar na exibição de imagens, vídeos e até mesmo nas resoluções!

Os padrões de aspect ratio mais conhecidos é o 4:3 e o 16:9. O formato mais comum, 16:9 (widescreen – panorãmico) representa que: para cada 16 partes iguais na largura, há outras 9 de mesmo tamanho na altura.

Mas há muitas outras resoluções de tela, embora a maioria seja pouco utilizada:

3:2 – 4:3 – 5:4 – 14:9 – 16:9 – 16:10 (ou 8:5) – 17:9 – 21:9

É importante entender que a proporção de tela precisa combinar com a resolução, por exemplo, um monitor de 4:3 não ficará totalmente preenchida se for utilizado uma resolução de tela com 1600 x 900 pixels.

Resoluções de Tela e suas Variações.

(Imagem com as variações de resoluções)

Antes de começar, desculpa passar todas essas informações, mas é importante para você entender todas as variações de resolução de tela.

Vamos começar com a variação mais conhecida: VGA.

VGA (Video Graphics Array) é um padrão de saída de vídeo criado nos anos 1980. Foi o principal formato do tipo no mercado por muito tempo, até perder espaço progressivamente para padrões mais sofisticados, como DVI e HDMI.

Uma das várias características desse padrão é o uso da resolução de 640 x 480 pixels, razão pela qual essa combinação ficou conhecida como resolução VGA.

A partir dos anos 2000, começaram a surgir telefones e outros dispositivos móveis cujas telas tinham o VGA apenas como uma referência e, assim, utilizavam resoluções consideradas variações.

Uma delas é a QVGA (Quarter VGA), que possui 320 x 240 pixels. Uma variante desta é a WQVGA (Wide QVGA), que conta com largura maior, mas mantém a altura: 400 x 240 pixels.

Para adaptação a determinados dispositivos, do VGA em si também saíram versões “alargadas”. Uma delas é a WVGA (Wide WVGA), que conta com 800 x 480 pixels e foi utilizada, por exemplo, nos aparelhos Google Nexus One e Samsung Galaxy S.

Outra é a FWVGA (full Wide VGA), que expressa a resolução de 854 x 480 pixels e foi utilizada no smartphone Motorola Droid, por exemplo.

Neste ponto, é conveniente lembrar que todas essas resoluções costumam ter pequenas variações para se adequar ao aspect ratio de um dispositivo. O WVGA, por exemplo, pode possuir 720 x 480 pixels para se adequar a uma tela com proporção 16:10.

A lista abaixo mostra um resumo das resoluções VGA, incluindo algumas variações ainda não mencionadas. Não se assuste com a quantidade, tampouco se preocupe em decorá-las. A maioria é pouco utilizada, portanto, basta consultar páginas como esta para saber a resolução que cada uma representa:

VGA: 640 x 480 pixels;
WVGA: 800 x 480 pixels;
FWVGA: 854 x 480 pixels;
QVGA: 320 x 240 pixels;
QQVGA: 160 x 120 pixels;
HQVGA: 240 x 160 pixels;
WQVGA: 400 x 240 pixels;
HVGA: 480 x 320 pixels;
WVGA: 800 x 480 pixels;
SVGA / Super VGA: 800 x 600 pixels;
DVGA: 960 x 640 pixels;
WSVGA: 1024 x 600 pixels.

O XGA (Extended Graphics Array) surgiu na década de 1990 como complemento às especificações do VGA e do Super VGA. No que diz respeito às resoluções, esse padrão era usado para indicar a combinação de 1024 x 768 pixels que, por muito tempo, foi comum em telas no formato 4:3.

Aqui também há variações mais “alargadas” e devidamente chamadas de WXGA (Wide XGA). O nome pode se referir a pelo menos seis resoluções:

1152 x 768 pixels;
1280 x 720 pixels;
1280 x 768 pixels;
1280 x 800 pixels;
1360 x 768 pixels;
1366 x 768 pixels.

Há ainda uma versão denominada XGA+ que representa as resoluções de 1152 x 900 e 1152 x 864 pixels.

A seguir, um resumo com todas (ou quase todas) as variações do XGA. Novamente, não se preocupe em decorá-las:

XGA: 1024 x 768 pixels;
WXGA: de 1152 x 768 a 1366 x 768 pixels;
XGA+: 1152 x 900 e 1152 x 864 pixels;
WXGA+: 1440 x 900 pixels (há divergências quanto à existência desta resolução);
SXGA: 1280 x 1024 pixels;
SXGA+: 1400 x 1050 pixels;
WSWGA+: 1680 x 1050 pixels;
UXGA: 1600 x 1200 pixels;
WUXGA: 1920 x 1200 pixels;
QWXGA: 2048 x 1152 pixels;
QXGA: 2048 x 1536 pixels;
WQXGA: 2560 x 1600 pixels.

Aqui, convém citar que, de certa forma, as resoluções que possuem 720 pixels ou mais podem ser consideradas High Definition (Alta Definição). Você entenderá o porquê nos próximos tópicos. Antes disso, é válido conhecer as variações de “altíssima definição” do XGA:

QSXGA: 2560 x 2048 pixels;
WQSXGA: 3200 x 2048 pixels;
QUXGA: 3200 x 2400 pixels;
WQUXGA: 3840 x 2400 pixels;
HXGA: 4096 x 3072 pixels;
WHXGA: 5120 x 3200 pixels;
HSXGA: 5120 x 4096 pixels;
WHSXGA: 6400 x 4096 pixels;
HUXGA: 6400 x 4800 pixels;
WHUXGA: 7680 x 4800 pixels (ufa!).

Diante do advento dos dispositivos móveis com telas sofisticadas e de TVs LCD, LED, OLED e afins cada vez maiores, o mercado adotou uma resolução padrão, não só para diminuir os problemas na exibição de conteúdo nesses dispositivos como também para apresentar um apelo fortemente comercial. É daí que surge o que conhecemos como resolução HD, sigla para High Definition (Alta Definição).

O HD faz referência à resolução de 1280 x 720 pixels que, por sua vez, combina com telas widescreen (frequentemente, em formato 16:9). Em geral, as imagens que respeitam essa resolução apresentam qualidade bastante satisfatória.

O HD se tornou, de fato, uma referência no mercado, podendo ser encontrado em TVs de custo baixo e intermediário, assim como em smartphones e tablets. Só é preciso tomar cuidado para não confundi-la com suas variações, como o nHD, que possui 640 x 360 pixels, e o qHD, que conta com 960 x 540 pixels.

720p e 720i

Outro fator que resultou no surgimento da resolução HD é o padrão HDTV (High-Definition Television ou, no Brasil, TV de Alta Definição), que determina um conjunto de parâmetros para substituir sistemas de televisão tradicionais, como NTSC e PAL. Entre esses critérios está a associação da resolução de 1280 x 720 pixels com o aspect ratio de 16:9.

A essa altura, talvez você já tenha entendido: o termo 720p, que é muito utilizado, também é uma denominação que indica a resolução HD, isto é, de 1280 x 720 pixels. Mas, de onde é que saiu essa letra ‘p’?

Os olhos humanos não percebem, mas o conteúdo da TV é atualizado várias vezes por segundo. Esse processo é chamado de Refresh Rate ou Taxa de Atualização e, normalmente, é medido em Hz (Hertz). Uma TV com 60 Hz, por exemplo, renova suas imagens 60 vezes por segundo. Teoricamente, quando maior esse número, mais “confortável” aos olhos é a exibição da imagem na tela.

É daqui que vem o ‘p’. A letra faz referência à técnica de Progressive Scan (Varredura Progressiva), que também é um dos parâmetros da HDTV. O termo indica que a atualização da tela acontece em todas as linhas desta, de cima para baixo, ou seja, todo o conteúdo exibido é renovado em uma etapa só.

Pode parecer um processo óbvio, mas sistemas de TV mais antigos utilizam o Interlaced Scan (Varredura Entrelaçada), abordagem em que a atualização acontece de maneira semelhante, mas primeiro as linhas pares são atualizadas, depois as linhas ímpares, em um esquema do tipo “linha sim, linha não”.

O Interlaced Scan é representado pela letra ‘i’, portanto, pode existir também o padrão 720i. Mas, não há registro de uso oficial desse termo, até porque a tecnologia atual suporta 720p mesmo nos dispositivos mais simples, não havendo razão para a adoção do modo entrelaçado.

Vale destacar que os padrões que não alcançam as especificações HDTV costumam se enquadrar nas características do SDTV (Standard-Definition TeleVision). As suas resoluções mais comuns são 704 (ou 720) x 576 pixels e 704 (ou 720) x 480 pixels.

Resolução full HD (1080p)

Se o HD já resulta em imagens muito boas, o full HD aparece para oferecer uma experiência ainda mais enriquecedora. O termo, que também pode ser abreviado como FHD (embora essa sigla seja pouca usada), representa a resolução de 1920 x 1080 pixels, igualmente (ou mais) apropriada à proporção de 16:9.

Tal como o HD, o full HD ganhou forte apelo comercial, algo no estilo “o HD é bom, mas o full HD é bem melhor”. Equipamentos um pouco mais sofisticados são o alvo desse tipo de tela, como é o caso de smartphones premium ou high-end, além de monitores e TVs de diversos tamanhos, é claro.

1080p e 1080i

A resolução full HD também é reconhecida nas especificações da HDTV e, consequentemente, recebe uma denominação orientada à quantidade de linhas em Progressive Scan: 1080p. Assim, você já sabe que um dispositivo que ostenta esse nome em suas especificações é full HD.

Embora não sejam comuns, é possível encontrar ainda dispositivos 1080i: suas telas suportam a resolução full HD, mas com atualização em modo Interlaced Scan.

HD+ e full HD+

Talvez você já tenha percebido que indústria adotou as nomenclaturas HD+ e full HD+, principalmente em celulares. E qual a diferença de HD para HD+ ou de full HD para full HD+?

De modo geral, fabricantes têm aumentado o tamanho das telas sem alterar de modo significativo as dimensões do aparelho como um todo. Isso é feito a partir da diminuição das bordas ao redor do visor e da implementação do notch, aquele entalhe ou “furo” na tela que abriga a câmera frontal.

Sobra espaço para mais pixels na tela, consequentemente. Pois bem, os fabricantes decidiram adotar os termos HD+ e full HD+ para destacar esse aspecto.

Com efeito, você pode encontrar smartphones com uma tela HD+ que corresponde a 1520 x 720 pixels, por exemplo, assim como um visor full HD+ que representa 2220 x 1080 pixels. A quantidade de pixels pode variar, mas sempre estará um pouco acima dos valores convencionais das resoluções HD e full HD por conta da maior disponibilidade de espaço na área frontal do celular.

Ainda estamos apreciando nossos dispositivos full HD, mas a indústria não perdeu tempo e já tornou realidade um padrão superior — quatro vezes superior, na verdade: a resolução 4K, que representa a generosíssima combinação de 3840 x 2160 pixels.

Também chamada de Ultra HD (UHD), a resolução 4K começou a ser padronizada em 2003, passando a ser usada para valer em meados de 2006, pelo cinema. Poucos anos depois, no entanto, já era possível encontrar telas UHD em televisões mais sofisticadas e que custavam alguns milhares de dólares.

É relativamente difícil encontrar uma tela 4K que tenha menos de 50 polegadas de tamanho. A razão é que, pelo menos até momento, somente equipamentos maiores conseguem aliar viabilidade técnica de construção e qualidade de imagem notoriamente superior.

É por isso que, embora smartphones com 4K já tenham sido desenvolvidos, muita gente vê a proposta com desconfiança: em telas pequenas, as diferenças entre full HD e 4K dificilmente podem ser notadas.

Tal como nos demais padrões, a resolução 4K também tem suas variações. A combinação de 3840 x 2160 pixels é tida como a principal porque é a resolução existente nas especificações do Ultra HD Television, também conhecido como UHDTV. Assim, também podemos utilizar uma denominação que faz referência à medida vertical com Progressive Scan: 2160p. Só que, ao contrário dos termos 720p e 1080p, o nome 2160p não é muito utilizado.

Outra resolução que também é representada pela sigla 4K (mas não pela UHDTV) é a de 4096 x 2160 pixels, que foi adotada oficialmente pela Digital Cinema Initiatives (DCI), entidade formada por grandes empresas da indústria cinematográfica para determinar padrões para o segmento.

De fato, é no cinema que a resolução de 4096 x 2160 pixels cumpre bem o seu papel, pois essa combinação é mais apropriada a telas ou projeções com aspect ratio de 17:9 existentes em salas mais modernas, enquanto que boa parte das TVs se prende à proporção de 16:9. Por causa dessa diferença, a resolução de 4096 x 2160 pixels também costuma ser chamada de DCI 4K.

A montagem abaixo dá uma boa noção da “generosidade” da resolução Ultra HD:

Eis as suas principais variações:

4K (UHDTV ou QFHD): 3840 x 2160 pixels;
4K (Ultra Wide HDTV): 5120 x 2160 pixels;
DCI 4K: 4096 x 2160, 4096 x 1716 (incomum) e 3996 x 2160 pixels (também incomum).

Por que a letra ‘K’ em 4K?

Assim como HD e full HD, o termo 4K não só faz referência a uma resolução como também tem forte apelo comercial. Mas, se o padrão também pode ser chamado de Ultra HD ou UHD, por que o 4K é a expressão mais usada?

Acontece que a letra ‘K’ é, no Sistema Internacional de Unidades, usada para representar o número 1.000. No Brasil essa medida não é muito comum, mas os Estados Unidos (e outros países) a utilizam bastante. Assim, se você tiver 2 mil ou 3 mil unidades de qualquer coisa, pode chamar essa quantia de 2K ou 3K, por exemplo.

Como a resolução horizontal do UHDTV é um número que se aproxima de 4.000 (e o supera, no caso do DCI), presume-se que a sigla 4K passou a ser usada para representá-la porque transmite uma noção mais clara de sua grandiosidade.

Aqui, vale observar que a existência do 4K não significa que o HD e o full HD ficarão delegados ao passado, pelo menos não por um bom tempo. Esses padrões ainda apresentam qualidade satisfatória em celulares, tablets e televisores.

Além disso, o 4K conta com algumas desvantagens. Para começar, a quantidade de conteúdo nesse formato ainda é pequena, embora já haja filmes, transmissões de eventos esportivos e serviços como YouTube com suporte ao UHD.

Outra possível desvantagem é que transmissões 4K exigem conexões à internet extremamente rápidas, o que ainda não é realidade para muita gente, mesmo em países desenvolvidos.

Resolução 2K

Do ponto de vista comercial, pulamos do full HD direto para o 4K, mas há um intermediário aqui: a resolução 2K. Só não é muito comum encontrar dispositivos que ostentem um selo com esse nome.

A principal razão para isso é que o 2K faz referência à resolução de 2048 x 1080 pixels. Como essa combinação é apenas pouco maior que o full HD (1920 x 1080), para a indústria é mais interessante partir direto para o 4K.

Aqui também há variações:

2K: 2048 x 1080 pixels;
DCI 2K: 2048 x 858 ou 1998 x 1080 pixels.

Resolução 5K

No segundo semestre de 2014, o mercado começou a ver a chegada de alguns poucos, mas interessantes produtos com resolução 5K. A linha de monitores de 27 polegadas UltraSharp, da Dell, é um exemplo.

A denominação 5K faz referência à resolução de 5120 x 2880 pixels (é um pouco maior que as combinações 4K, portanto) e pode trabalhar com telas de aspect ratio de 16:9 ou proporções próximas a esta.

Resolução 8K (FUHD ou 4320p)

Por apresentar imagens quatro vezes maiores que o full HD, a resolução 4K é espantosa o suficiente para não existir necessidade de nada ainda mais avançado, certo? A resolução 8K vem para provar que a resposta é “não”.

Podendo também ser chamada de full Ultra HD (FUHD) ou 8K UHD, a resolução 8K define uma combinação de 7680 x 4320 pixels, o que a torna 16 vezes maior que o full HD (relembrando, 1920 x 1080 pixels). Não entendeu como? Observe a ilustração a seguir:

Telas 8K ainda estão sendo desenvolvidas, assim, há pouquíssimos equipamentos compatíveis com essa resolução. De todo modo, o formato pode abranger tanto telas de cinema quanto televisores. Não por menos, a resolução 8K também é reconhecida pelas especificações do UHDTV, o que lhe confere o nome 4320p.

Aqui — adivinhe — também há variações nas resoluções, mas cada uma delas está diretamente ligada a um aspect ratio diferente:

7680 x 4320 pixels: 16:9;

8192 x 4320 pixels: 17:9;

8192 x 5120 pixels: 16:10 (ou 8:5);

10080 x 4320 pixels: 21:9.

Há ainda uma resolução inusitada chamada de 8K fulldome que apresenta 8192 x 8192 pixels. Seu uso é direcionado a equipamentos de projeção utilizados em planetários, por exemplo.

Uma das empresas que apostam no 8K é a japonesa NHK, que chama a resolução de Super Hi-Vision (SHV). Os desafios para a sua implementação são realmente grandes: atualmente, os benefícios de uma resolução tão alta só aparecem em TVs com mais de 60 polegadas.

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